Em uma entrevista (polêmica) à revista
Galileu, o filósofo francês Luc Ferry afirma que sim! Certo ou errado, a verdade é que eco-chatice é um saco! Desculpem a franqueza, mas ninguém merece alguém que acha que a solução para o planeta está só na preservação da natureza. E cuidado antes de me julgar como um capitalista selvagem. Eu disse SÓ. Sustentabilidade é mais que abraçar árvores e proteger o mico-leão-dourado (não que isso não seja importante). É preciso integrar tudo em um sistema só, e por isso é tão desafiadora.
A seguir, separei trechos da entrevista de Luc Ferry para que tirem suas próprias conclusões:
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- Galileu: Falando em nazistas, há mesmo uma relação entre a política da diversidade, o nazismo e a ecologia?
- Ferry: Historicamente, sim. Os nazistas foram os primeiros no mundo a colocar em prática, nos anos 30, uma grande legislação ecológica. (...) Para os nazistas as diferenças devem ser preservadas a todo custo e os povos primitivos devem ser mantidos em seu estado original. Eu cito textos nazistas incríveis sobre isso, que poderiam ser assinados tranquilamente por ecologistas e etnólogos contemporâneos!
- Galileu: É possível cuidar da natureza sem ser extremista?
- Ferry: É possível! Óbvio que é. Somos todos ecologistas, e eu sou o primeiro deles! Ninguém quer um desenvolvimento “insustentável”, ou o esgotamento dos recursos naturais e a destruição do planeta. (...) Aos meus olhos, a verdadeira ecologia, é aquela que quer o crescimento sustentável e que acredita que a solução se encontra na inovação, na razão e na ciência, não no decrescimento e no ódio à democracia.
- Galileu: A solução para a ecologia é a tecnologia?
- Ferry: Existe uma outra leva de ecologistas — da qual faço parte — que apostam na inovação, na ciência e no desenvolvimento sustentável. Por quê? Simplesmente porque não é possível regular o desenvolvimento de países como Índia ou China: nem o Lula nem o Sarkozy têm poder para impedir isso. Os indianos e os chineses fazem o que querem, e o que eles querem é crescer, certo? Então precisamos urgentemente inventar produtos “sustentáveis”, não-poluentes, como os carros elétricos, por exemplo. O caminho é esse...
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